Hoje o Rio de janeiro perdeu um dos seus queridos cidadãos. O jornalista Sérgio Figueiredo foi para o céu dos cariocas. Carioca de nascimento e inglês de alma. Um homem, amigo dos homens e admirador das mulheres. A beleza do feminino sempre o atraiu como um verdadeiro Pigmalião. Supra sumo da inteligência e elegância da verve carioca.
Considerado pelo mestre da elegância masculina carioca Julio Rêgo, um dos grandes baluartes da alma elegante carioca. Estudou na Inglaterra e como seu colega de profissão Paulo Francis também pensou em ser ator shakesperiano e amava o escritor George Bernard Shaw.
Amante da literatura inglesa, música americana e apaixonado pelo turfe. Cavalos e amigos eram sua verdadeira paixão. Escreveu anos no Diário de Noticias a coluna “Periscópio” e também era amigo de vários jornalistas e colunistas. Foi amigo íntimo de Ibrahim Sued, Zózimo Barroso do Amaral para citar apenas alguns. Gostava de negócios e seu círculo de amizades foi aumentando nessa direção. Vários empresários e políticos se tornaram seus grandes amigos como Nelson Seabra, Nagi Nahas, Delfim Neto, Mario Henrique Simonsen, Francisco Dorneles, Ronald Levinshon, Paulo Marinho e também Nelson Tanure.
Costumava dizer que era amigo do banqueiro Walter Moreira Salles, mas sua amiga de fé era mesmo Elisinha Moreira Salles, neé Gonçalves. Mulheres divas como Danuza Leão, Odile Rubirosa e outras inúmeras sempre o abasteceram de com sua beleza e inteligência até que conheceu uma mineira chamada Yolanda e a transformou em Yolanda Figueiredo, sua diva pessoal. Sérgio além da beleza da mulher admirava sua inteligência intuitiva.
Odile Rubirosa, grande amiga e com sua allure capotante o convidou para assistir um show do cantor Frank Sinatra em Las Vegas. Sergio Figueiredo adorava Frank Sinatra era fã incondicional e amou o convite. Na noite do show outra mulher capotante na mesa, a atriz italiana Sophia Loren. Imaginem uma mesa com Sophia Loren, Odile Rubirosa e Frank Sinatra quem brilhou mais? Sergio Figueiredo com sua verve e seu inglês espetacular roubou a cena.
Em um momento Frank Sinatra procurou algo nos bolsos para acender seu cigarro e não achou. Sergio Figueiredo emprestou seu isqueiro Dupont e Sinatra quando quis devolver o sofisticado Sérgio não aceitou é seu de presente, falou Sérgio. Anos depois, Sinatra vem ao Brasil para seu famoso show no Maracanã e traz para Sérgio um isqueiro de ouro Dupont com uma dedicatória: to my friend Sergio. Até hoje o isqueiro está bem guardado no cofre.
Estórias com Sérgio Figueiredo cada um tem a sua ou várias. Eu tenho a minha que ficará para sempre no meu baú de memórias guardada com muito carinho.
Sergio Figueiredo e sua mulher Yolanda