Gui – Gui assim o estilista Guilherme Guimarães ficou conhecido nacionalmente nos anos 60. Hoje, o Brasil perdeu um dos últimos ícones da alta costura brasileira. Guilherme Guimarães estava com uma saúde frágil há alguns anos e ultimamente seu fígado deu sinais de cansaço. Guilherme Guimarães tinha um traço marcante. Gostava do teatro e de pernas de fora. Suas roupas eram sexies no começo de sua carreira e com estilista amadurecimento o clima Broadway foi ganhando um contorno mais vaudeville e françês como sua personalidade.
Ibrahim Sued o levou ao top da mídia. Colocou o apelido Gui-Gui e nos anos 70 ele falava no estilista quase que diariamente. Era Guilheme Guimarães e Carmem Mayrink Veiga. A primeira noiva que o consagrou definitivamente como top estilista de noivas foi Isabel Sued, um dos casamentos mais fotografados do Brasil no século XX.
Antes disso, Guilherme Guimarães encontrou sua musa a socialite Carmem Mayrink Veiga, que era o tipo ideal para as roupas de Guilherme Guimarães, com ela o estilista encontrou seu porto seguro. Era o criador e a criatura. Guilherme também tinha na modelo e depois relações públicas e de ainda escritora Danuza Leão, outra musa mais essa com outra personalidade. Em Danuza, o estilista encontrou sua alma gêmea e ficaram inseparáveis durante décadas de amizade. Mas, Guilherme desde seu começo tinha esse amor pela mídia, o que o ajudou em muito a criar essa aura de glamour e muitas plumas e paetês.
Conhecia muito a moda de Christian Dior e lá trabalhou por alguns anos. Rodou pela 7 avenida, sózinho, Guilherme não era do tipo família, se aventurava em busca de um lugar mais alto. Tinha um ótimo senso de humor e suas festas na casa branca que possuía no canal da Barra foram antológicas. Depois, que voltou de Paris reabriu seu atelier em São Paulo e no Rio e continuou até pouco tempo a fazer o que mais gostava vestir as mulheres com sofisticação e bom gosto.
Carmem Mayrink Veiga e Guilherme Guimarães
